Súmula: Dá denominação a Pronto Atendimento Municipal de Marialva.                                                                                                                                                                       

Art. 1º. Fica denominado de PRONTO ATENDIMENTO MUNICIPAL “PROFESSORA MARIA FRANCISCA DE FRANÇA MOURA”, a unidade de saúde localizada na esquina da Avenida Cristóvão Colombo, nº 1624 com a Rua Campos Sales, nas datas de terras nºs 8, 9 e 10, da quadra nº 89, com a área total de 1.805,86 m² da planta urbana desta cidade, registrado como proprietário principal (100%) o município de Marialva no Cadastro Imobiliário Completo da Prefeitura Municipal sob o nº 1461000, Distrito: 001 - Setor: 001.

Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Edifício Dr. Jerson Caponi de Melo, Sala das Sessões da Câmara Municipal de Marialva, Estado do Paraná, em 07 de julho de 2022.

Vereadores autores: Antonio Ferreira Silva, Josiane Luiz da Silva, Luciano da Silva Dario, Marcos Fontes, Paulo Cesar da Silva, Rafael Ferreira de Oliveira, Ronaldo Campana Montoia e Sheila Gabarron Ricci.

Aprovado por unanimidade em 1ª, 2ª e 3ª discussões e votações, inclusive o regime de urgência e a dispensa do interstício, em 15 de agosto de 2022.

Edifício Dr. Jerson Caponi de Melo, Sala das Sessões da Câmara Municipal de Marialva, Estado do Paraná, em 16 de agosto de 2022.

Paulo Cesar da Silva

Presidente

JUSTIFICATIVA

MARIA FRANCISCA DE FRANÇA MOURA

BIOGRAFIA

Maria Francisca de França Moura, filha de João Antônio de França e de Maria de Jesus de França - ambos de Missão Velha, próximo de Juazeiro do Norte no Ceará.

Nasceu em São Paulo no distrito de Córrego Rico, município de Jaboticabal, Estado  de São Paulo em 12/05/1933, vindo com sua família numerosa a residir em Uraí-PR, onde  fez os primeiros estudos nas escolas públicas; Aos 06 de maio de 1948, em Uraí, casou-se com o cearense de Rosário,  também próximo de Juazeiro do Norte, o Sr. Afonso Batista de Moura, vindo em seguida para  Marialva, no início da povoação, onde Afonso trabalhou em vários serviços braçais, até  que adquiriu e dirigiu a Pensão Uniflor, na Rua Washington Luiz, nº 874, que era o ponto  de chegada de inúmeros colonizadores que aqui fixaram residência; No início da década de 50, adquiriu e também dirigiu por alguns anos o Bar  da Rodoviária, localizado onde hoje é a Praça Orlando Bornia, defronte ao edifício do  Fórum, passando a residir na Av. Floriano Peixoto, 169, onde residem familiares até  hoje; Maria Francisca de França Moura, concluiu curso da Escola Normal  Regional em Marialva, o Curso de Magistério, atuando como professora concursada por  mais de 30 anos, com sensibilidade, empenho e confiança; Tinha ela o magistério como uma verdadeira missão; Amava ensinar,  optando por ser professora alfabetizadora que foi então o seu maior desafio profissional,  buscando sempre novas estratégias com o intuito de transmitir conhecimentos  objetivando um espaço de crescimento pessoal e profissional para os seus alunos.  Inicialmente lecionou em escolas isoladas, na Escola Municipal da Vila Brasil (defronte ao Centro Madre Rafaela Ybarra); lecionou na Escola Isolada Maria Ruiz, escola essa que passou a funcionar desde a inauguração no Colégio Pedro Viriato Parigot de Souza. Ministrou aulas no Programa do Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL, onde alfabetizou pessoas adultas com total dedicação.

Foi diretora do Ginásio de São Miguel do Cambuí por vários anos lecionando sempre no Grupo Escolar de Marialva, hoje Escola Dr. Milton Tavares Paes, onde se aposentou, tendo seu marido Afonso falecido prematuramente em 24/10/1976, aos 55 anos de idade, após ter trabalhado como funcionário público estadual, na função de Fiscal Sanitário, e participado da política local, pela UDN.

Teve cinco filhos, todos nascidos em Marialva: Irene França Moura, nascida em 1.949, professora aposentada; Irineu Batista de Moura, falecido em 02.10.77, com 25 anos de idade; Iraci França Moura, professora, neuropsicopedagoga, nascida em 1.953; Israel Batista de Moura, advogado, nascido em 1954; Ivete Moura Crevelaro, jornalista, nascida em 1958.  Ao se aposentar dedicou seu tempo a fazer tricô confeccionando capuz e meias de lã objetivando a doação para o Asilo São Vicente de Paulo de Marialva; Dedicou-se a causas sociais, visitando e confortando doentes em hospitais e nas residências, tendo forte atuação nos grupos religiosos da Igreja Católica, onde sempre teve participação intensa, eis que era muito devota. Sempre fez questão de demonstrar seu intenso amor por Marialva,  colaborando de todas as maneiras para o progresso do município, tendo seus filhos, netos e bisnetos seguido seu exemplo, doando-se totalmente às causas voltadas ao  progresso e ao bem estar da comunidade; Conviveu sempre com os jovens, primeiramente com os filhos e amigos  deles, posteriormente com os netos e amigos deles, que sempre se reuniam, mesmo  depois de adultos na residência dela para ensaiarem bandas de rock, assistirem a jogos,  inclusive da Copa do Mundo, sendo até hoje, sua antiga residência um ponto de encontro  festivo, o “Recanto da Bisa”.

Adoeceu devido a complicações pulmonares em agosto de 2018, tendo passado por hospitais e UTI, vindo a falecer em 27 de dezembro de 2018, deixando uma grande lacuna e eterna saudade em nossos corações. Por ter sido uma pioneira que muito contribuiu para o desenvolvimento do município merece a homenagem ora proposta.